O dia da votação do segundo turno se aproxima e é urgente a derrota do bolsonarismo não só no nível federal, mas no estadual também. A eleição para governador do estado de São Paulo reflete a disputa nacional e a escolha é entre o ex-ministro da educação do governo Lula, Fernando Haddad, e o ex-integrante do governo Bolsonaro, Tarcísio de Freitas. É necessário que a nossa categoria esteja ciente das diferenças entre as propostas dos dois candidatos.
No campo da segurança pública, Freitas propõe a retirada das câmeras dos uniformes dos agentes da Polícia Militar paulista. No entanto, dados mostram que a instalação das câmeras diminuiu o número de mortes em ações policiais. No primeiro trimestre de 2021, antes da utilização das câmeras, ocorreram 435 mortes cometidas por agentes em serviço. No mesmo período deste ano, com o uso das câmeras nos uniformes dos PMs, esse número caiu para 123 mortes, evidenciando a importância do uso da câmera para a corporação e para a população do estado.
Fora a queda drástica no número de mortes, é preciso lembrar o dinheiro público aplicado na iniciativa. A compra das câmeras representam um investimento de mais de 8 milhões de reais por mês (ou 65 milhões de reais do início do contrato até hoje), dinheiro de cada um de nós trabalhadores. É preciso respeito com o dinheiro público. Diga NÃO ao Tarcísio, e a política de morte dele e de Bolsonaro, e o impeça de jogar nosso dinheiro no lixo!
Também é importante lembrar do episódio da vacina contra covid-19. São Paulo ganhou muito prestígio pela compra das vacinas contra a doença e pela produção da Coronavac pelo Instituto Butantã. Bolsonaro foi contra! Enquanto Ministro da Infraestrutura do governo Bolsonaro, Tarcísio negou dinheiro para investir no nosso estado, deixando em último lugar na fila dos estados beneficiados, mesmo tendo sobrado dinheiro de investimento! Se você ama São Paulo, Tarcísio NÃO pode ser uma opção razoável para essas eleições!
Fernando Haddad
Por outro lado, Fernando Haddad tem serviço para mostrar, tanto como Ministro da Educação do presidente Lula, quanto como prefeito da capital do estado.
Haddad assumiu o MEC em 2005 e foi responsável pela implementação do Prouni (Programa Universidade para Todos), que concede bolsas de estudos a alunos de baixa renda ou egressos do sistema público em instituições privadas de ensino.De 2005 até 2014, o número estimado de beneficiados é de 1,5 milhão de estudantes.
Enquanto estava à frente da pasta da educação, levou universidades públicas e institutos federais, antes basicamente centralizados nas capitais dos estados, para todo o interior do país. Foram criadas 18 novas universidades federais e 173 campi universitários, praticamente duplicando o número de alunos entre 2003 a 2014: de 505 mil para 932 mil.
Em 2008, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao lado de Fernando Haddad, Fernando Haddad, sancionaram a Lei nº 11.738/2008, que estabeleceu pela primeira vez na história o Piso Salarial Nacional para professores de escolas públicas da educação básica. O piso nacional dos profissionais do magistério público é o valor mínimo que devem receber os professores em início de carreira e passou a valer para todo o país.
Já no comando do executivo municipal da capital, Haddad também é reconhecido pela sua gestão, que levou o prêmio MobiPrize 2014 na categoria “Estado/Cidade empreendedor”, organizado pela universidade de Michigan (EUA).
O ex-prefeito também foi laureado com os prêmios Sustainable Transport Award (STA), pela consolidação de políticas públicas que priorizavam o transporte coletivo ou sustentáveis como as bicicletas; Prêmio Rainha Letizia de Acessibilidade Universal de Municípios Latino-americanos, oferecido na Espanha, dedicado a políticas para pessoas com deficiência; Prêmio Hora do Planeta 2015, entregue pela World Wildlife Fund International (WWF) e que reconheceu o compromisso da capital paulista na preservação do meio ambiente, com a adoção de medidas que reduziram a poluição no trânsito, por exemplo, ao renovar a frota de ônibus; e ONU Habitat, título que veio depois da gestão, mas reconhecia o trabalho feito por ele durante os quatro anos à frente da Prefeitura. Em 2017, o Plano Diretor da capital foi eleito um dos quatro mais eficazes do mundo pela ONU Habitat por tornar SP “mais humana, moderna e equilibrada, através do emprego e da moradia para enfrentar as desigualdades sócio-territoriais”.