Dia 10 de setembro é dia de retornarmos às ruas e mostrar para o atual presidente da República e às instituições que o povo confia no processo eleitoral e que não aceitaremos investidas contra os direitos democráticos estabelecidos na Constituição Federal de 1988. Todas as pesquisas de intenção de voto apontam para a derrota de Bolsonaro, inclusive no primeiro turno. Diante da iminência da derrota nas urnas, Bolsonaro tem ameaçado a estabilidade institucional e posto sob suspeita a lisura do processo eleitoral.
O miliciano também tenta mobilizar parte das Forças Armadas e outros setores que apoiam o seu governo criminoso para implantar um golpe de Estado. Uma ruptura da democracia sob o comando de Bolsonaro significaria um trágico aprofundamento da crise na qual o Brasil está imerso. Parte do empresariado, do agronegócio e outros setores da burguesia são interessados na manutenção da barbárie social do atual governo, que os favorece com benesses em detrimento das demandas urgentes da classe trabalhadora.
No Congresso Nacional não é muito diferente. Na Câmara Federal, o chamado centrão, capitaneado por Arthur Lira (PP), blinda o fascismo de Bolsonaro em troca de ministérios, cargos e emendas milionárias. A retórica vazia a favor da democracia no Senado não tem efeito prático na realidade e a Procuradoria Geral da República continua a serviço do presidente, fazendo vista grossa às atitudes criminosas do chefe do executivo. Por outro lado, o STF tem confrontado Bolsonaro, coibindo, em certa medida, as pretensões autoritárias do atual mandatário, mas a verdade é que a resposta das instituições aos crimes contra a democracia brasileira é notavelmente insuficiente.
A maior resposta que o povo pode dar é mobilização nas ruas, reivindicando o respeito ao regime democrático e o respeito aos resultados das urnas, e mostrar que a classe trabalhadora não se curva ao autoritarismo e exige que suas demandas sejam atendidas.
Dia 10 de setembro é dia de tomar as ruas com palavras de ordem contra o golpismo e pelos direitos democráticos conquistados na redemocratização.
DITADURA NUNCA MAIS!