Eleger Lula para derrotar Bolsonaro no 1° turno. Pela revogação do legado do golpe e por direitos ao povo trabalhador! Estaremos nas ruas 11 de agosto e 10 de setembro

O 5º Congresso do SinTUFABC, ocorrido entre os dias 3 e 5 de agosto, teve a participação de 40 delegadas e delegados que reafirmaram compromisso com os avanços nas lutas não só de interesse da categoria, mas de toda a classe trabalhadora em toda a sua diversidade, haja vista o aprofundamento das crises social e econômica dos últimos anos, resultantes de governos que privilegiam as classes historicamente dominantes, bem como as pautas conservadoras e as investidas contra o Estado Democrático de Direito. 

No âmbito da política nacional, delegados e convidados para o evento debateram diversos temas, como o cenário de estagflação; o aumento da insegurança alimentar e da fome, que atinge, principalmente a população negra; desemprego; ameaça de golpe nas eleições presidenciais deste ano e outras pautas de extrema relevância para a classe trabalhadora. 

Levando em conta todo o cenário apresentado e as discussões sobre a política nacional empreendidas no congresso, foram decididas, em assembleia, as seguintes resoluções: 

  1. Eleição, através de mobilização e com programa à esquerda, do candidato Lula, ainda no primeiro turno da eleição, e derrotar o golpismo nas ruas. A campanha por Lula deve englobar as pautas mais sensíveis à classe trabalhadora, como combate à fome, educação, saúde, proteção ao meio ambiente e a defesa da vida das minorias (negros, mulheres, LGBTQIA+, indígenas e populações periféricas). 
  2. Defesa do programa de revogação do legado do golpe e de mudanças estruturais. Encontram-se na centralidade da reivindicações: revogação das reformas e privatizações dos governos Temer e Bolsonaro (Reforma da Previdência, Trabalhista, Teto dos Gastos, Privatização da Eletrobrás e da BR-Distribuidora, venda de refinarias, entre vários outros ataques), defesa dos direitos e da vida de minorias, proteção do meio ambiente (reforma agroecológica), taxação de grandes fortunas e soberania nacional. 
  3. Construção dos atos pró-democracia e contra as ameaças autoritárias do atual governo. As manifestações, que ocorrem nos dias 11 de agosto e 10 de setembro, vão acontecer em todo o país. 

Na discussão sobre políticas sindicais e planos de lutas, foram levadas em consideração tópicos como a unificação das lutas do povo trabalhador, defesa da independência de classe e combate ao golpismo e conservadorismo, refletir criticamente sobre o papel das tecnologias no trabalho (com foco no teletrabalho) e pelo fim da terceirização nos serviços públicos. As deliberações resultaram nas seguintes resoluções:

  1. Construção da luta com os movimentos antifascista, antirracista, feminista, pela diversidade de gênero e sexualidade, anticapacitismo e pela inclusão das diversidades. A agenda de lutas vai envolver o Dia Internacional das Mulheres; do Orgulho LGBTQIA+; da Consciência Negra; e das Pessoas com Deficiências. 
  2. Independência de classe e combate ao golpismo, com organização autônoma de fóruns de participação e deliberação políticas. 
  3. Diálogo com servidores públicos sobre os perigos do teletrabalho. 
  4. Combate a precarização da terceirização.  
  5. Campanha pela recomposição do salário dos trabalhadores da educação.
  6. Conscientização da categoria acerca da Reforma Administrativa, para que haja uma mobilização maior e melhor articulada quando o projeto voltar ao Congresso Nacional. 
  7. Promoção da participação da categoria em comissões e conselhos que possuem representação de técnicos-administrativos.