Neste dia 29 de maio de 2024, a Greve de servidores TAEs completa 80 dias.
Até a presente data, recebemos propostas na mesa de negociação que não atendem a contento as pautas apresentadas ao Governo Federal.
Depois de mais de um mês da última reunião negocial, o governo realizou dia 21 de maio a 5ª Reunião da Mesa Específica e Temporária da Carreira de Técnicos Administrativos em Educação (TAEs).
Ignorando as indicações do GT que contou com a participação dos sindicatos, do MEC e do MGI, a nova proposta apresentada segue desrespeitando as(os) trabalhadoras(es).
Esse espaço de negociação trata de uma das principais reivindicações da greve: a reestruturação da carreira TAE.
Na proposta apresentada dia 21/05, o Governo Federal apresentou (em resumo):
- Lateralização da malha salarial/tabela;
- Proposta de reajuste de 9% para janeiro de 2025 e 5% em maio de 2026 – manutenção da ausência de reajuste para 2024;
- Manutenção das 5 classes, com porcentagens de remuneração referenciadas no vencimento básico do nível E1, da seguinte forma: nível A 35%; nível B 40%; nível C 50%, nível D 61%;
- Discussão com MEC da concessão do Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) aos TAEs;
- Manutenção dos steps em 3,9%;
Não aceitamos a desvalorização da educação! Não aceitamos isso! A greve continua!
De modo a prosseguir com o diálogo e a negociação, o Comando Nacional de Greve TAE da FASUBRA construiu uma contraproposta, aprovada em assembleia de Greve TAE da UFABC, dia 27 de maio. Os elementos da contraproposta são os seguintes:
- Correlações dos níveis A, B C e D em relação ao piso do nível E: 39%, 40%, 60%, 61%;
- Trabalhar o aumento do step progressivamente de 4,0% até 4,5%;
- Índices de reajuste linear de 4% em 2024, 9% em 2025 e 9% em 2026.
Servidores TAEs possuem a pior remuneração do serviço público federal e até agora, infelizmente, recebemos a pior proposta salarial do governo.
Por isso, reivindicamos que o Presidente Lula assuma as negociações da Educação Federal, pois os ministros e os secretários do governo, responsáveis pela negociação, não estão correspondendo positivamente nas demandas justas apresentadas por trabalhadores da educação.